TOCANTINS – Professores da rede municipal fazem protesto na TO-050, em Palmas

Professores da rede municipal de ensino realizam protesto na manhã desta sexta-feira (9)
(Foto: Divulgação/Vinícius Luduvice)
Professores da rede municipal de ensino, alunos e pais de estudantes realizaram uma manifestação na TO-050, em Palmas, na manhã desta sexta-feira (9). De acordo com um dos organizadores do protesto, Antônio Chadud, mais de 1 mil pessoas participaram do ato que pediu por uma contraproposta formal da Prefeitura de Palmas. O ato começou as 8h e seguiu até as 11h. Nesta quinta-feira (8), a greve foi considera ilegal pelo Tribunal de Justiça do Tocantins. A paralisação começou na quarta-feira (7).
Segundo Chadud, os professores estão inconformados com o fato da greve ter sido considerada ilegal em menos de 30 horas. “É um absurdo que em vez de sentar e conversar com a gente, o governo declare que a nossa paralisação seja ilegal, em tão pouco tempo. Desde que rejeitamos a proposta feita pela prefeitura, não houve uma contraproposta formal.”

(Foto: Divulgação/Vinícius Luduvice)
A decisão que declara a paralisação ilegal foi proferida pela desembargadora Jacqueline Adorno diante da ação proposta pela Prefeitura de Palmas. Conforme a decisão, o movimento grevista deve ser suspenso sob pena de desconto nos vencimentos pelos dias de paralisação.
Também foi estipulada uma multa diária de R$ 1 mil para o Sindicato dos Trabalhadores da Educação do Estado do Tocantins (Sintet), em caso de descumprimento. Procurado pelo G1, o presidente do sindicato, José Roque Rodrigues Santiago, disse que ainda não foi notificado e não poderia comentar a decisão judicial.
Já a Secretaria Municipal de Educação (Semed) disse, por meio de nota, que o diálogo continuará aberto com a categoria. “Justiça foi feita. A decisão foi tomada pela desembargadora, greve decretada ilegal. Agora é voltar ao trabalho, mas o diálogo irá continuar”, disse o prefeito Carlos Amastha, no documento.
Entenda
Algumas escolas da rede municipal entraram em greve na manhã desta quarta-feira (7), em Palmas. A decisão foi tomada pelo Sintet em assembleia realizada na última quarta-feira (30). Segundo a Semed, dentre as 72 unidades de ensino do município, 46 estão completamente paralisadas,16 estão funcionando parcialmente e 10 estão com funcionamento normal.
Os professores reivindicam a retirada do projeto de lei que altera o plano de cargos, carreiras e remuneração, pedem a revogação do projeto da prefeitura de salas integradas, além do pagamento do abono salarial no valor de 1/3 das férias.

reivindicar (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)
A categoria pede ainda, salas climatizadas, eleições diretas para diretores, pagamento das progressões e que 30% do orçamento do município seja destinado à educação. Em nota a Prefeitura de Palmas disse que o movimento grevista é inoportuno e pediu o bom senso dos professores.
Manifestação
Na manhã de quarta-feira (7), mais de 1 mil professores já haviam feito uma manifestação na avenida Juscelino Kubitschek (JK). Durante o protesto, eles utilizaram instrumentos musicais, cartazes e uma faixa de 35 metros para reivindicar.
Os professores realizaram uma carreata na tarde desta sexta-feira (9). Os manifestantes saíram da avenida Juscelino Kubitschek (JK) e seguiram pela avenida Theotônio Segurado.
G1.